segunda-feira, 25 de junho de 2012

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

Caminhos

O mundo é cheio de rotas e estradas, caminhos e mapas. Mas lembre-se! Que não importa por qual caminho você percorra. O importante é que você percorra, pelos caminhos do seu coração...
Levi DS. 

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Guerreiro

O verdadeiro guerreiro não é aquele que apenas luta contra seus inimigos exteriores, mas é aquele que também luta contra seus inimigos e demônios interiores...
Levi DS.

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Juventude
Muitos jovens menosprezam sua juventude, alguns se drogando, outros acusando seus pais, e tem ainda aqueles que se juntam a gangues e torcidas organizadas para brigar, e se esquecem que Deus lhe deu um dos maiores dons da vida, a juventude, onde temos energia de sobra para criar e força total para lutar. Espero que não se esqueça e sempre se lembre que se você for um jovem, você tem um belíssimo dom, e ele se chama juventude...
Levi DS...
Lutar
Para min a vida é como uma grande guerra, cheia de pequenas e grandes batalhas, onde o importante não ganhar ou perder, mas lutar até o fim. Para ver onde posso chegar...
Levi DS... 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Revolucionário

O verdadeiro revolucionário não é aquele que apenas luta fortemente contra a direita, ou defende com garras e unha a esquerda, mas é aquele que consegue enxergar através destas fronteiras, e consegue enxergar uma nova forma de mudar o mundo.
Levi DS...
Árbitro

Muitos condenam os juízes por serem seres que julgam o destino dos outros, mas nos esquecemos que também somos como eles. Mas agimos muitas vezes sem perceber como árbitros!E nossas atitudes se transformam em apitos no jogo da vida, e muitas vezes penalizam ou beneficiam a vida dos outros...

Levi DS...

segunda-feira, 23 de janeiro de 2012

Contos da madrugada

A colheita maldita

Lembro-me da última semente que germinou no final daquela estação, foi horrível. Se não me engano aconteceu no Bairro dos milagres, um local estranho onde à neblina e a garoa costumavam se estalar, gerando sempre um grande nevoeiro, deixando muitos dos seus habitantes perdidos, na escuridão cega de suas ruas e vielas.
Mas independente do tempo estar bom ou ruim havia um garoto muito distraído que sempre se perdia, mesmo se estivesse perseguindo a rota da multidão. Seu nome era Fofou Willer, aos seus quatorze anos pesava mais de oitenta quilos, tinha uma pele escura e engordurada, lábios vermelhos e inchados, olhos profundos e negros como um poço sem fim, formando em sua grande carranca uma expressão de quem não ouviu, viu ou mesmo sentiu alguma coisa. Sua face era um grande mistério para os outros, pois a única coisa que conseguiam ver ao olhar em seu rosto era um agonizante vazio. O corpo dele era composto por formas arredondadas, desde os pés até seus braços, sua barriga era tão volumosa que às vezes parecia que ia explodir, dentro daquele macacão amadeirado que carregava a textura de um forte verniz.
Distraído e ausente de si mesmo, sempre andava sozinho pelas ruas e pelos cantos escuros das calçadas, perdido pelas vielas de seu bairro. Coçava seu bonezinho verde escuro como se estivesse procurando alguma coisa que havia sumido.
_Hum!!!_Acho que perdi outra vez...
Aquela noite à lua estava cheia e brilhante, e de alguma forma iluminava os becos mais escuros e as sombras mais escondidas da cidade. O bairro dos milagres recebeu esse nome após alguns fies de certa religião terem contraído uma doença incurável através de uma epidemia, e após fazerem alguns rituais acabaram encontrando a cura e salvando muitos do que estavam no leito de morte.
E em gratidão e devoção prometeram que iriam fazer uma fusão de seu estilo de vida com a natureza, plantando e regando plantas, flores, e árvores em todos os lugares de seu bairro.
As ruas eram macias e esverdeadas, pequenos cubos de concreto constituíam o chão, onde finos fios de grama verde cresciam e se misturavam como o joio e o trigo de uma grande plantação. As quinas de suas calçadas eram forradas por pequenos relevos cobertos com trepadeiras vermelhas e com musgos florescentes entre suas teias.
_Por que será que eu nunca encontro o caminho de casa _Mas mesmo depois que eu encontro ainda me sinto perdido!
O véu escuro e sútil da noite haviam dominado completamente aquele mundo, e impediam todas as manhãs que o sol nascesse, assim transformando os dias em noite e as noites em dia.
Amedrontado e suando frio, Fofou havia ficado imóvel ao ver com um de seus olhos respigados de gordura, duas sombras vindo em sua direção.
_Espero que não seja nenhuma criatura vindo da floresta viva, caso me encontrem, me devorarão e será o meu fim.
Breve foi aquele momento de susto, pois ao se aproximarem, aquelas sombras destorcidas tomaram duas belas formas quando saíram   da escuridão, desacelerando o coração de Willer que quase saltara pela boca.
_Ufa!!!_Ainda bem que vocês não são criaturas da floresta viva, já estava rezando para não ser devorado.
_ Orquídea esse aí, não é o Fofou aquele bobão lá da escola? _Aquele que nunca encontra o caminho do colégio, e se perde até entre as carteiras da sala, quando volta do intervalo?
_È ele mesmo Rosalina, e provavelmente deve estar perdido que tal a gente fazer uma brincadeirinha? _Na certa ele ira pedir por alguma informação e daremos para ele uma direção, que tal se esse local for o coração?
Antes mesmo que Fofou abrisse a boca, Orquídea lhe lançou um olhar penetrante cheio de afeto e compaixão, parecia vagar por aqueles olhos frios e distantes tentando encontrar alguma coisa esquecida. E encontrou escondido bem no canto de seus olhos a paixão.
_O que esta acontecendo comigo? _Esses olhos grandes e bonitos estão me deixando esquisito. _Por acaso vocês poderiam me dar uma informação?
_Claro que podemos amigo. _respondeu Orquídea com seus olhos flamejantes.
_Podem dizer como eu faço para chegar numa rua chamada Beco das flores, é a rua onde eu moro, mas por alguma razão que eu desconheço eu me esqueço do caminho e sempre me desvio da direção.
_Me deixa ver amiguinho, você vai seguir em frente. Pegar sua primeira esquerda, depois sua segunda direita, vai até o final da rua e vai ver uma placa bem grande na casa de número um da rua, que vai estar escrito Propriedade Particular, pertence à rua Beco das flores.
_Muito obrigado mesmo meninas, agora eu me lembrei. _ É como um amigo meu, que sempre diz:
_ Depois de me achar eu me perdi. _Ha._Ha..._Ha...
Após se despedir das meninas Fofou Willer seguiu em frente, adentrou nas águas escuras da noite e voltou a velejar sem bússola alguma, apenas seguindo seu próprio rumo.
_Deixa eu ver..._ Primeira esquerda, agora segunda direita e ir ate o final..._È isso mesmo é aqui!!! _Eu encontrei!
Willer havia encontrado sua casa, mais não se sentia como das outras vezes perdido e desolado, de repente um sentimento de insatisfação tomou conta de seu peito, e uma voz uma em seu ser lhe disse, para continuar caminhando, que agora que ele havia se encontrado era hora de se perder novamente. E encontrar algo novo, quente e confortável, e em sua mente a voz alta e altiva dizia:
_Agora você não é mais a pesquisa é o pesquisador, não é mais o procurado é o que procura.
_Minha nossa Orquídea eu não entendi nada...
_Você não disse que íamos pregar uma peça naquele bobalhão? _Por que você deixou ele escapar ileso?
_Acalme-se amiga, caso não tenha percebido eu usei meu poder de sedução, tenho certeza que criei uma linha de comunicação com aquele tapado. _Garanto que daqui a uns cinco minutos ele estará de volta.
Um vento gelado como um inverno fora de estação passou por entre as duas garotas, fazendo-as voltar seus olhos para uma direção de onde vinha aquela terrível sensação.
_Amiga que vento é esse? _Que arrepia até a espinha, até parece que abanaram alguma maldição em cima de nós.
_Ha...a...a...a...a..._ Você tem razão Rosalina que brisa cortante, eu acho que vem da...
_O que foi que aconteceu? _Assim você me mata de susto!_ Sua tonta!
Como um pequeno hospedeiro o medo adentrou no corpo de Orquídea, e se espalhou por seu corpo, ao ver parado do outro lado da rua uma figura tão silenciosa e desestimulante, que sua presença era tão incomoda e ameaçadora quanto à de uma alma penada que vaga sem destino pelo mundo.
_Esperai amiga, aquele ali não é o...
_ Só pode ser ele!_Que susto, pensei que fosse alguma criatura da floresta viva, esse Fofou Willer é um sujeitinho muito estranho.
Orquídea tinha longos cabelos escuros e lisos, eram tão longos que pareciam se arrastar no chão, enquanto ela caminhava. Olhos grandes e arredondados completavam a forma de sua face. Um vestido pink cobria seu pequeno corpo, seus braços e pernas tinham uma forma trançada como de uma velha corda desfiada.
Já Rosalina era bem afeiçoada para sua idade, aos quinze anos deslumbrava um belo corpo cheio de curvas, seu rosto era belo como de uma linda paisagem, maças contornavam e enchiam as laterais de sua face. Seus seios eram grandes e bem arrojados e suas cochas e bumbum eram exemplos do padrão de beleza da sociedade em que viviam.
Eu não disse que ele ia voltar? _Veja e aprenda sua bobinha como plantar a semente do amor no coração de um cara perdido.
Mas Orquídea estava enganada em ter um pensamento tão fatalistico sobre Willer, o que ela não sabia era que ele não estava mais perdido, pelo menos não dentro de si mesmo. Agora ele procurava por algo que ela havia despertado. Como um caçador prepara sua isca para atrair sua presa, a menina de vestido pink rústico acenou para Fofou que estava do outro lado da esquina a fim de dar continuidade a seu perigoso jogo de sedução.
_Nossa amigo!!! _Você é como o riacho de linho, corre sem direção e depois de encontrar o caminho, volta perdido sozinho com uma nova correnteza tão forte, que carrega um fôlego que parece vai explodir o coração.
Mas as palavras saltadas da boca de Orquídea não fizeram efeito nenhum aos ouvidos de Willer, que agora estava hipnotizado pela sua beleza tímida e indiscreta. Um sentimento incomum crescia em seu peito, como se o território de sua emoção estivesse tendo o solo preparado para ser fertilizado.
Fofouzinho eu posso te fazer uma pergunta indiscreta?
_Claro que pode florzinha, fica a vontade pode me perguntar o que você quiser..._Ha...Ha..Ha..._Como é linda.
_ Você já beijou alguma menina?
_Hum !!! _Deixa eu ver... _Acho que sim, eu já beijei a minha mãe e minha tartaruguinha á Filózinha, ela bem pequeninha e verdinha.
_Quando se trata de mãe e de tartaruga é diferente, estou me referindo a um beijo de verdade bem quentinho e colado na boca.
_Você disse na boca? _É claro que eu nunca fiz isso, esses tipos de coisas só os adultos podem fazer!
_Quem foi que te contou essas besteiras? _Por que a gente não faz um trato amigo, se você for até a floresta viva e conseguir trazer uma lendária bromélia dourada eu vou te dar uma coisa muito melhor que um beijo.
_Mas minha mãe disse que é proibido, que as crianças não podem fazer troca de fluídos, que somos muito novos pra esse tipo de relação.
_Como você é bobo, ela te falou isso quando você era apenas uma criancinha, mas você já é um homen, grande forte e cheio de gordura, e pode tomar suas próprias decisões não é?  _Você até encontrou o caminho de volta para casa sozinho.
_Isso mesmo eu já sou bem crescido e posso fazer minhas próprias escolhas. _Hum!_ Mas o que é que eu tenho que fazer, acho que me esqueci...
_Que idiota! _Ela disse que se você for até à floresta viva, e conseguir uma lendária bromélia dourada, uma das flores mais raras da primavera. _Vai te dar muito mais que um beijo, vai fazer um acasalamento ( classe c) com você, como só os adultos fazem bem gostoso e gosmento.
Uma pequena chama como uma faísca de um isqueiro, começou a crescer dentro de Fofou. Desencadeando assim uma outra fonte de energia que começou a correr gradativamente por todo seu corpo.
_Acasalamento!_ Foi isso mesmo que eu ouvi?
_Por acaso você é surdo? _Então como vai ser?
_Vai ficar ai parado com cara de idiota e deixar minha amiga sem resposta?
_Iahu...u...u...u...u... _Eu vou ir buscar a bromélia dourada. _ E trazer para você minha linda florzinha e depois do acasalamento vou te pedir em namoro, e depois você se tornara  minha linda noivinha.
Nosso tolo amigo saiu em disparada sem perceber na armadilha que estava caindo, um sentimento vivo e forte agora parecia germinar no solo de sua emoção, como se uma pequena semente estivesse sido plantada, espalhando paixão e criando raízes profundas no seu coração.
_O que é que eu estou sentindo? _Eu nunca quis tanto na minha vida presentear alguém. _Por que toda vez que vejo a imagem dela na minha mente eu fico feliz?_Sinto que posso fazer qualquer coisa por ela, será que isto é o que chamam de paixão?
O corpo dele se movia com uma praticidade surpreendente, enquanto estava distraído em seus questionamentos. Seus movimentos de repente pararam sem o comando de seu cérebro, quando deu por si, já estava em frente à floresta viva.
_Hã? _Como foi que eu vim parar aqui?
_Parece que meu corpo se moveu sozinho, enquanto eu estava distraído. _Que coisa estranha...
Um grande portão enferrujado estava entre ele e seu objetivo a floresta parecia sentir sua presença, e sussurros pareciam ecoar por entre as folhas, galhos e raízes das árvores. Havia um arco bem grande em cima do velho portão e nele letras de ferro formavam uma frase:
_Floresta viva, só entre se for um dos mestres das flores.
_Mestre das flores que nada! _ Eu vou entrar e pegar uma bromélia dourada e levar para minha amada e nada vai me impedir. _Viu sua floresta chata, saiba que eu não tenho medo de você.
Em resposta as palavras de Fofou, veio do fundo da floresta um vento forte e cortante, que chegou a fazer pequenos cortes em sua pele. As plantas pareciam querer saltar dos galhos das árvores, e a grama verde tomou um tom escurecido como se estivesse falando com o ar.
_Você não me assusta sua floresta velha e enrrugada, acha que com esses arranhões vai me fazer parar?
Ao passar pelo grande portão, Willer sentiu um calafrio tão forte que parecia desintegrar sua espinha, uma gota de suor frio correu sobre suas costeletas finas, trazendo-lhe uma sensação de agonia.
Num piscar de olhos vacilante, ele viu a paisagem se modificando as raízes das árvores emergiram da terra e se postaram na superfície como se estivessem se transformando em pernas.
O gramado antes flexível ao vento agora se tornara, tão espessos e retos, como os espinhos de uma rosa, à escuridão do fundo da floresta veio em sua direção e o engoliu como se fosse a boca de um dragão. O ar ficou denso e úmido, deixando o ambiente em um clima triste e agonizante.
Medo e astúcia , agora o sondavam, tentando encontrar em sua forma arredondada um meio de se infiltrar nos escombros de sua emoção. A razão que codifica e racionaliza os sentimentos estava fora de ação, pois uma fonte de energia surgida da paixão dominava totalmente sua mente. Com passos leves e inacabados, Fofou Willer caminhava pela floresta, com o corpo curvado pisava com cuidado no gramado escurecido e de vez em quando, fazia cortes em seus pés descalços.
_Ai!!!_Ai!!!_Ai!!!_ Por que tudo de repente mudou?
_Essa grama era tão macia, agora esta machucando os meus pés.
Após ter caminhado à cerca de uns dois quilômetros, o cenário da floresta mudou outra vez... Ele agora andava entre um corredor de árvores enormes, elas surgiram de todos os lados, tanto da sua esquerda, quanto da sua direita. Árvores completamente acinzentadas, seus troncos e galhos estavam secos e lançavam uma espécie de clima ameaçador.
Esse lugar é assustador! _Acho melhor eu voltar, isso esta começando a ficar muito perigoso, talvez pegar uma bromélia não valha, todo esse esforço.
Mas uma voz, rouca ecoou em sua mente fazendo-lhe pensar sobre sua vida, sobre seu objetivo e com algumas doses de determinação, aplicou a coragem novamente em seu coração. 
_Esforço?
_O que você sabe sobre esforço, senhor engordurado, a única coisa que você sabe fazer é babar e se perder por ai, seu grande idiota.
_O que está acontecendo? _Quem é você?
_Por que você consegue ouvir meus pensamentos?
_Cala essa boca e me escuta, se ainda não notou é melhor abrir os olhos, hoje é noite de lua cheia e você sabe o que acontece quando esse fenômeno ocorre não é?
_Claro que eu sei, minha mãe prepara um jantar muito gostoso e especial onde o prato principal é carne de morcego, com sangue glatinado.
_Claro que não é isso!!! _ Seu monte de banha queimada, sempre que é noite de lua cheia tem toque de recolher na cidade. _E agora você já sabe o por quê?
_Hum!!! _Hum!!! _Hum!!!
_Esta bem!_ Deixa que eu respondo, se não você vai acabar gastando três ou quatro noites tentando descobrir. _O toque de recolher acontece por que as criaturas da floresta viva,  acordam nesse período para se alimentar. _E tem mais, só vinhemos até aqui por que aquela garota prometeu que se levarmos o que ela quer, ira se acasalar e isso deve ser muito bom, agora vamos mexa-se, dizem que as lendárias bromélias douradas ficam no fim da floresta.
_Se é assim tudo bem. _ Eu vou, mas responde uma coisa? _Onde você está?
_Como você é burro eu estou dentro de você, eu sou seu eu, entendeu?
_Não.
_Eu já esperava, deixa para lá agora vamos se apresse faltam poucas horas para lua ficar cheia.
No mesmo instante Fofou apertou seus passos ainda confuso com que havia acontecido, e se jogou floreta adentro. Começou bem baixinho, mas uma melodia foi tomando conta de sua mente, até dominar seus tímpanos e ficar alta e clara.
_De onde será que vem essa música?_Será que vem de dentro da minha cabeça? _Pode ser que seja meu eu novamente tentando me dizer alguma coisa importante.
Era uma melodia simples, com acordes dedilhados, parecia o som de uma harpa, a leveza da música fez com que Willer ficasse distraído e entusiasmado.
_Nossa que musica bonita..._Hum? _O que é isso caindo do céu, parecem pétalas de rosas?
Infelizmente aquela não era uma simples pétala de rosa, era a primeira de muitas que vinham caindo do céu, dançando bem leves e soltas ao som da melodia que se espalhava pela floresta. Fofou encantado pela chuva de pétolas que caiu sobre seu corpo e manipulado pelo som que vinha da floresta, não percebeu que os pequenos musgos grudados entre as pequenas brechas do gramado pareciam ter ganhado vida, as árvores cinza, balançavam de um lado para o outro em sincronia, seguindo o ritmo da música. E as pequenas pétalas negras que caiam do céu, pareciam estar cantalorando algo que ele não conseguia entender.
E de repente em um instante, em que estava desatento tudo parou, a música se calou e as pétalas de rosas sumiram no ar...
_O que aconteceu?_ Onde esta aquela música tão bonita?_E as folhas pretas que estavam caindo do céu? _Estava tudo tão bonito por que parou?
Um rangido surgiu em uma das árvores, e seus galhos e troncos pareciam estar se movendo, quando de repente...
_Ploft!!!
Fofou Willer pulou para trás, fitou a árvore ali caída no chão, à sua frente e começou a tremer, como se o medo estivesse corroendo suas veias sangüíneas, e bombardeando sensações de desespero e agonia para seu cérebro.
Ao olhar de relance para trás percebeu que outra árvore do lado esquerdo da trilha começou a se mover, lentamente em sua direção.
_Não pode ser, será que ela também...
Um grito fino e ensurdecedor surgiu daquela árvore, e ela caiu quando chegou bem perto de Willer como se estivesse tentando atáca-lo.
_Ploft!!!_ Ploft!!!
_Essa foi por pouco, quase fui atingido e melhor eu sair daqui.
Como uma flecha solta no ar, Fofou correu enquanto dava pequenos saltos por entre os galhos que tentavam agarra-lo, e chutava quase que cambaleante os pequenos musgos florescentes que grudavam em seus pés.
Sua fuga durou pouco tempo, pois uma enorme raiz de uma das árvores se ergueu inesperadamente e deu uma rasteira traiçoeiramente em nosso apavorado amigo.
_Acha mesmo que vai conseguir me deter? _Uma floresta velha e rabugenta, jamais ira impedir a força e os desejos que envolvem o amor.
Dando uma pisada forte com seu calcanhar, ele conseguiu se libertar do velho galho apodrecido que o segurava. Ainda cambaleante, levantou-se e continuou a correr apertando seus olhos cheios de carne, voltando-se para escuridão fugindo por alguns segundos da visão daquela maldita floresta aterrorizante que o perseguia.
_Droga!!!_ Tenho que continuar correndo sem olhar para trás, acho que falta pouco para o corredor de árvores acabar.
_Trom!!!_ Brom!!!
Foram os últimos estalos que Willer ouviu, sentiu que o barulho havia parado e calculou que o corredor havia terminado.
_Ufa!!! _Essa foi por pouco! _Quase virei patê de grilo!
Willer havia chegado agora, perto de um pequeno lago cheio lama, pisava sobre uma terra úmida e coberta por um lodo escurecido.
Pequenos arbustos rastejavam por toda parte, completamente cobertos por plantas que escondiam a sinueta de seus finos e pequenos galhos. Entre os vãos das plantas, podia-se notar uma escuridão sombria, onde olhos cheios de ódio apareciam de quando em quando para bisbilhotar o que estava acontecendo a sua volta.
_Aqui deve ser o fim da floresta._Onde será que esta a árvore com as bromélias douradas?
Sua cabeça grande e cheia de carne virava-se de um lado para outro, procurando a grande árvore lendária. Enquanto coçava seu bonezinho verde que, em um deslize havia fugido de sua cabeça, mas algo de anormal começou acontecer no lago.
_Blog!!!_Blog!!!_Bloblo..o...o..o..o.
_O que será isso? _Por que o lago começou a borbulhar desse jeito?_Só espero que não saia nenhuma criatura viva desse lago para me devorar.
Assustado Fofou deu dois passos para trás, temendo que saísse alguma coisa viva do lago para devorá-lo. Acabou pisando sobe uma parte da terra onde o lodo que cobria era mais ralo e denso.
_Hum!!!_ Que troço nojento, sai do meu pé sua lama grudenta .
Enquanto limpava sua bota, sentiu um tremor fraco, surgir da terra, olhou novamente assustado para os lados, mas havia nada. Enquanto seus dois pés, estavam mergulhados em uma nojenta poça de lodo negro, e de repente seu corpo começou a afundar.  
 E rapidamente seu corpo começou a desaparecer dentro daquele lodo escurecido e ralo.
_O que é isto? _ Eu estou afundando, não pode ser. _Isso deve ser lodo rasgado, igual a areia movediça que existe na terra daqueles que vivem sobe a luz do sol, é um tipo de lodo que rasga a terra e nos engole.
Foi tudo muito rápido, quando Fofou pensou em reagir e tomar alguma atitude seu corpo já estava atolado, até o pescoço de lodo, e desesperado a única coisa que conseguiu fazer, foi soltar um grito:
_Orquídea...a....a...a...a_Eu amo você, e irei em todos os mundos que existirem para buscar uma bromélia dourada só para você minha linda flor.
E fechou seus olhos quando o lodo escurecido chegou à altura de sua face.
_Glup!!!_Glop!!!
Foi o ultimo ruído que ele ouviu depois que foi completamente engolido por aquele lodo asqueroso e fedido.
Nossa!!! _Que lugar é esse? _Onde estou? _Será que transmigrei?
_Fofou..._Fofou... _Você está me ouvindo? _Meu querido peregrino, o que o trás aqui em minhas terras, dolorosas onde mora o perigo e a maldição?
_Hum!!!_Hum!!! _Essa voz , será que esta vindo da minha cabeça outra vez? _Deve ser meu eu tentando falar comigo de novo, mas parece ser a voz de uma mulher.
Uma voz suave e doce como uma brisa de inverno, ecoava e passeava por todo local onde ele estava, em um lugar completamente sem luz, a escuridão era tão intensa e forte que fazia com que ele pensasse que de alguma forma pertencesse a ela.
_Vejo que me ouviu, criança perdida, mas também vejo em seu coração a resposta de minha pergunta... _Hum!!!_É bem interessante, então o nome dela é Orquídea?
_Quem é você sua voz maldita? _Como se atreve a falar da minha linda Orquídea?
_Sou Lisandra meu apaixonado amigo, o espírito protetor da floresta viva, saiba que à muito tempo que não recebo visitas  aqui no meu mundo.
_Você está querendo me dizer que esse lugar escuro e frio, é a sua casa?
_Sim Fofou Willer, meu querido e distraído amigo, aqui na escuridão mais profunda de todas as noites é que eu me acomodo. _E só algumas pessoas muito especiais conseguem chegar até aqui.
_Pessoas especiais? _O que são pessoas especiais? _E por que só elas conseguem chegar, até aqui?
_Tem certeza de que realmente é isso, é o que você quer me perguntar meu jovem príncipe perdido?
_Ha!!!_Ha!!_Ha _Príncipe?_ E a primeira vez que me chamam assim, de um nome tão bonito... _Mas para falar a verdade eu gostaria de saber, como e que faço para conseguir uma bromélia dourada?
 De repente um som cortante como um assobio fino e apavorante deslizou no ar e foi até Fofou, e uma explosão de luz ocorreu próximo a ele. Enquanto seu corpo preparava-se para reagir à explosão, pequenos flocos de luz juntaram-se no ar e formaram um objeto arredondado e muito brilhante.
_Me desculpe!!! _Por favor, não me machuque Lisandra, eu prometo que nunca mais vou voltar para floresta viva.
_Não tema ó peregrino. _ Pois o que repousa no ar, e brilha tanto quanto o ouro é o passaporte para aquilo que seu coração procura.
Com suas mãos cheias de um suor gorduroso, Fofou avançou e completou o espaço vazio que ele havia deixado quando se assustou com a pequena explosão de luz. Dando dois enormes passos para frente que mais pareciam um salto, tentou agarrar o objeto em suas mãos escorregadias enquanto o objeto deslizava  vagarosamente na palma de suas mãos cheias de um suor oleoso e fedido.
_Que coisa mais linda! _ Isso até parece ser, uma bromélia dourada?
_É isso mesmo, ó andarilho que procura o amor essa é uma bromélia dourada e só aqueles que são puros de coração conseguem encontra-lá. _Agora vá de encontro a aquilo que seu coração mais deseja.
Fofou fechou seus olhos lentamente e sentiu seu corpo afundar lentamente naquele espaço escuro e arrepiante. Enquanto Orquídea e Rosalina andavam distraídas pelas ruas com suas matracas disparadas, uma sombra fria e apavorante passou por elas desviando um pouco o foco de sua atenção.
_Que sombra estranha foi essa amiga? _ Será que  nós estamos sendo perseguidas por  alguma criatura da floresta viva?
_Acho melhor a gente ir andando Rosalina, você tem razão hoje é noite de lua cheia e já passou do horário do toque de recolher.
Enquanto as duas meninas desciam uma pequena ladeira com o concreto recheado de musgos florescentes vermelhos, questionavam qual era o significado daquela sombra que a pouco as assustará. E de repente uma figura coberta por uma lama negra e agourenta, subiu aquela ladeira ligeiramente e ao mesmo tempo que o vento carregava e soprava para a rua os pedaços da figura que ia se desintegrando a cada passo que dava, as meninas arregalavam seus olhos e se assustaram com a cena horripilante que viram.
_Ha...a....a...a..a...._ Que criatura horrível, vamos sair daqui Orquídea!!!
Mas os pés da pobre menina haviam congelado e um sentimento de morte penetrou em seu coração, enquanto à criatura avançava desgovernada em sua direção. Seus olhos queriam escurecer e procurar o âmago da solidão. E num vacilo rápido de seus olhos, num piscar desconcertante, uma luz dourada surgiu daquela desagradável forma.
_Orquídea, Rosalina são vocês? _ Vejam só! _Eu consegui é uma bromélia dourada, essa é a prova de todo o amor que eu sinto por você...
Quando Fofou se aproximou, a cerca de dois metros delas a lama gosmenta já havia escorrido e se perdido entre os musgos e o concreto. Agora ambas viam a grande carranca negra de Willer, iluminada pela luz dourada da lendária bromélia, ele á segurava como se fosse a jóia mais rara mundo, e o tesouro mais precioso da galáxia.
_Fofou Willer, era você?_ Por que está sempre nos assustando, com essa sua enorme carranca destorcida?
_Olha só, eu consegui trazer o presente mais bonito, que alguém pode dar para uma for especial como você minha Orquídea.
_Hum!!!_E não é que ele conseguiu mesmo amiga?
_Pode pegar é para você, uma flor rara, para outra for rara.Ha..._Ha..._Ha..._Ha..._Como ela é linda.
_Plaft!!!_Plaft!!!
_Seu mostro fedido e seboso. _O que pensa que esta fazendo? _Acha mesmo que eu aceitaria um presente de uma criatura asquerosa e fedida como você?_Como você  é ridículo.
_Mas florzinha você disse se eu trouxesse a bromélia dourada...
_Não importa o que eu falei, seu grande idiota à verdade é que eu só estava a fim de tirar um sarro dessa sua grande cara feia e cheia  gordura.                
 O pobre menino ficou ali paralisado e estagnado por alguns instantes, pois pela primeira em sua vida, havia encontrado algo que estava á muito tempo perdido, havia encontrado a si mesmo. Enquanto Orquídea destravava sua língua e o insultava de todos as maneiras possíveis, à semente que havia sido plantada no coração de Fofou começava a ser regada com lágrimas internas que caiam como uma fina chuva lavrando as pequenas plantações de sua emoção.
_E tem mais seu monte de banha podre, saiba que eu jamais me acasalaria com você ou seria sua namorada. _Nem que você fosse o último ser reprodutivo do mundo.
Foi o crime perfeito, costumo dizer aos meus amigos que foi um tiro certeiro que as palavras de Orquídea além de terem acertado o alvo em cheio, partiu o coração de Fofou Willer, como se fosse um frágil vaso de porcelana. Fofou sentiu pela primeira vez em sua vida a dor da rejeição, gotas salgadas começaram a brotar de seus olhos grandes e pretos. Transtornado e ferido, teve uma reação que qualquer outro animal em uma situação dessas teria... _Gritou e começou a espernear.
_Ha...a...a...a...a...a...a..._Não pode ser!!!_O que está acontecendo?_Eu fiz o que você mandou!!!
Aquele grito foi fatal, o som de dor e lamento, foram tão fortes que os escombros frágeis de sua emoção, acelerou o crescimento rápido e agressivo daquela semente plantada em seu coração.
Foi um momento complexo e com muitas extremidades, ao mesmo tempo em que alguém desistia e condenava sua própria existência a vida nascia bela e ríspida no corpo de um moribundo, foi magnífico, lindo e inesperado.
Diversas flores de bananeira silvestres nasceram daquela semente cheia de amor e dúvidas, elas cresciam vagarosamente de sua raiz.
Os grandes galhos que saiam continuamente do coração de Fofou, tinhas troncos cheios de grandes espinhos que rasgavam sua pele desajeitada e cresciam formando lâminas tão afiadas, quanto à espata forjada por talentoso ferreiro.
O que foi que fiz? _Eu o chamei de mostro, mas agora entendo que o verdadeiro monstro aqui sou eu.
O brilho de suas folhas negras, eram tão intenso e profundo quanto um pequeno raio de sol que atravessa a janela do quarto numa manhã de primavera. Pequenas listras pintadas, com o sangue grosso e vermelho de Willer desenhavam nas longas folhas figuras distorcidas que pareciam ter sido trabalhadas no calor da dor e do sofrimento.
No momento que as primeiras gotas de lágrimas começaram a cair de seus olhos já lagrimejados, uma garoa fina e calma caia lentamente molhando seu corpo e regando a linda e exuberante flor da estação que iluminava aquela noite triste que pouco à pouco ia ficando cada vez mais fria.
_Vida? _Mas o que é a vida? _Morte?_O que e a morte? _Será que a morte é mesmo o fim? _Ou a vida é o início?
_Mas o início de que? _Será que do fim?
Enquanto milhares de pensamentos borbulhavam na mente de Orquídea, enquanto  o sentimento de culpa que crescera em seu peito, naquele instante  devorava sutilmente suas emoções mais intensas  e profundas, destruindo assim o desejo de viver que restava em seu corpo. E quando suas lágrimas secaram e já não havia mais motivo para chorar, um vazio ocioso domou suas angustias e deixou livre a culpa e a acusação para julgá-la, dando-lhe capacidade para decidir sua libertação ou condenação...
_Ha...a....a...a...a...a...a...a..a_O que é isso?
O que é que esta acontecendo com ele?_Esses pequenos galhos saindo do seu corpo, e rasgando sua pele que coisa terrível.
-Não!!! _De alguma forma eu me sinto culpada por tudo isso, eu quero ficar ao lado dele até o fim, eu comecei com isso, e agora vou terminar.
A intuição feminina naquele momento havia falado alto no coração de Orquídea e congelando o sentimento de culpa que começava a se espalhar como um câncer em seu corpo.
Enquanto os galhos e plantas avermelhadas com o sabor do sangue quente de
Fofou cresciam continuamente destruindo todas os seus órgãos, nele apenas havia restado em suas lembranças fraca apenas o belo rosto de sua florzinha iluminada pela luz dourada de sua bromélia, que com tanto suor foi conquistada.
Antes que a última semente da estação florescesse e se desenvolvesse por completo no corpo de Fofou, um último olhar foi lançado, daquele corpo já moribundo encontrou com olhos de Orquídea e uma lágrima vermelha e salgada caiu e escorreu em sua face escurecida.
_Por favor me desculpe Fofou não morra!!!_Não morra!!!_Agüente firme, eu pedi para Rosalina ir buscar ajuda, vai ficar tudo bem.
Era tarde demais, infelizmente a última semente da estação floresceu, e como uma explosão de orvalho ela cresceu e ganhou o direito de ser vista, pela lua e admirada pelas estrelas que bailavam no céu.
_Não!!! _Por quê? _Por favor, me desculpe, a culpa é toda minha, eu cabei te arruinando e tirando o seu direito de viver eu sou uma criatura muito má, sinto no fundo do meu ser que também não mereço mais viver.
A culpa e a autopunição, habitavam no âmago de seu ser fazendo uma verdadeira revolução pressionando o seu eu ( que é a sua vontade consciente, que lhe da sua liberdade de escolha perante suas ações). Com seu eu frágil e totalmente influenciado pelos monstros recém construídos em sua mente perturbada pelas sombras do medo e do desespero as pequenas gotas que caiam daquela garoa fina ajudavam de alguma forma ela a se acalmar antes de tomar a decisão gritante, que ecoava em seu coração.
Orquídea levantou-se lentamente com seu corpo molhado olhou para o céu escuro e nublado abriu um sorriso amargo, caminhou por dois quilômetros sob a garoa rala sem muita pressa, deixou cair uma lágrima que ainda estava escondida em um canto de seus olhos, olhou para trás e soltou um murmúrio enquanto admirava a bela estação...
_Talvez o maior mistério da vida, seja a morte? _ E o maior enigma a vida? _ Infelizmente meu querido você já deve ter desvendado esse grande mistério, e agora é hora de eu desvendar esse grande enigma.
Ela contemplou o último brilho da flor da estação farfalhar e se desintegrar pelo ar em pequenas gotas de luz. Desaparecendo aos poucos no céu escuro, a garoa de repente ficou mais forte e se transformo em uma chuva intensa e pesada, a garota de cabelos longos e escuros saiu em disparada, em direção ao abismo de lénova onde suas profundezas eram tão tristes quanto à escuridão que havia se apoderado de seus olhos meigos e ponderados.
O vento em um instante remoto tomou força, e soprou mais forte levantando e espalhando seus cabelos longos que estavam encharcados pela chuva.
_Se existe alguém responsável pela vida ou pela morte do outro lado dessa existência, peço que me ouça... _Se for possível gostaria que minha alma se transforma-se uma flor da estação como a alma de Fofou, e ficasse nos jardins do tempo e do espaço ao lado daquele que verdadeiramente me amou.
Como uma gota de chuva jogada violentamente por uma nuvem mal formada no meio de uma tempestade carregada por raios e trovões, Orquídea saltou tentando aliviar todo sofrimento e dor que havia se apoderado de seu peito.
Mergulhava agora nas profundezas escuras da solidão, enquanto seu corpo Caia...Caia..Caia..._Até que toda angústia e os pequenos respingos de depressão que sondavam sua  alma foram se desfazendo aos poucos e a vida que havia em seu corpo a abandonara transformando-se em morte e a morte em uma resposta, para uma certo enigma.
_Até que... _Ainda bem que passou, aquele sentimento ruim finalmente acabou. _Mas por quê me sinto assim tão leve e solta? _Será que chegou a hora do meu fim?
Triste é saber que chegou à hora de partir mesmo quando estamos indo de encontro ao fim, ainda nos resta esperança que o criador desejo da vida que é viver.
O ar frio e úmido rasgava a pele macia de sua face por conta da pressão exercida pela queda de seu corpo, que caia em uma velocidade tão incrível que ficava impossível vela aos olhos nu. Pequenas faíscas de luz começavam aparecer de repente e a incomodar sua pele, e com um último esforço ela desenterrou suas forças e tentou abrir seus olhos vagarosamente.
Musgos brancos começaram a brotar sobre as paredes úmidas e escuras do abismo de lenóva a luz que surgia dos musgos era tão forte que chegava a queimar as frágeis retinas de Orquídea e a incomodar seus pensamentos que estavam perdidos e obscuros nos vales desertos da solidão.
_Lindos... __Como são lindos esses musgos brancos, parece que foram feitos de um tipo de luz que eu nunca havia visto no meu mundo, será que são feitos da luz do sol?
O forte brilho dos musgos reconfortava Orquídea redesenhando e formatando todos os cantos escuros de sua alma já quase desintegrada. A luz dos musgos entrava como uma fina linha e iluminava os becos escuros espantando assim a solidão.
A lenda do abismo de lenóva mais uma vez estava sendo testada, por mais um corpo moribundo, que aprofundava nas estranhas profundas de sua imensidão.
Seu corpo caia pesadamente comprimindo o ar do abismo, quando de repente seu corpo parou no ar, e ficou suspenso por uma forte luz branca que emanava dos musgos...
O pequeno feixe de luz que percorria por todo seu corpo, como uma fina linha iluminava os cantos mais escuros e sombrios de sua alma, como uma forte correnteza aquele luz que a sustentara, se expandiu e como uma grande enchente invadiu e se alarmou por todo espaço e estrutura de sue corpo. Até gerar uma grande explosão, e vazar luz por todos os lados de seu corpo.
A forte explosão destruiu e desintegrou todos os átomos que formavam seu corpo, deixando apenas impregnada nos escombros de sua memória, que se diluía aos poucos a lembrança de uma luz tão simples e tão clara que aos poucos reconfortou sua dor e secou suas lágrimas que não foram choradas e curou sua magoas que há tempo não eram saradas.
E mais uma vez o abismo provou não ter fim, e a última semente da estação que germinou foi honrosa e gloriosa demonstrando ter um terrível fim, destruindo e estilhaçando o coração de mais um jovem inocente que caiu nas poderosas garras e armadilhas criadas pela paixão.
Só para concluir gostaria de deixar minhas últimas considerações, em especial para as belas moças que passeiam e navegam sem saber no imaginário e cognitivo mundo de alguns garotos espertos e inocentes demais para terem cuidado com as sementes que andam plantando por aí. Pois dependendo do solo e do coração de um de desses garotos vocês podem ser as próximas a plantarem e colherem a maldita semente da estação.
Levi DS.


                  



           




  



   

       
       
    
           

sábado, 5 de novembro de 2011

Acreditar

Lembre-se não existi verdade absoluta nesse mundo, por isso procure suas próprias verdades.E quando as encontrar, faça um favor para si mesmo, acredite nelas...

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

      
        O Banquete do Jhonker é um novo projeto, onde usamos um coringa como personagem principal.Para expor críticas a sociedade e ao cotidiano, utilizando parábolas e aplicando a ciência em seus textos.No momento estamos editando os vídeos, por enquanto iremos deixar as dicas do Jhonker, por favor deixem seus comentários e aproveitem as dicas...